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    terça-feira, 28 de junho de 2016

    Resenha - 3ª Edição do Rock na Praça


    No dia 26 de junho, a cidade de São Paulo contou com dois grandes eventos gratuitos voltados à música: um foi realizado na Zona Norte com grandes nomes do Pop Rock nacional e o outro foi o Rock na Praça no Centro (em frente à Galeria do Rock na Rua 24 de Maio).



    Idealizado por Fabricio Ravelli, a terceira edição do evento contou com as bandas Mattilha, Ronaldo & Os Impedidos, Salário Mínimo, Busic Gang e Golpe de Estado; além de uma campanha de arrecadação de agasalhos, que serão doados aos moradores de rua que sofrem com as baixas temperaturas dessa época.

    Com alguns minutos de atraso do horário previsto (a princípio estava marcado para as 14 horas), Rodrigo Branco da Kiss FM sobe ao palco para ser o “mestre de cerimônias” dessa edição do Rock na Praça para anunciar a primeira atração da tarde: a banda Mattilha.



    Formada no bairro da Pompéia (um dos berços do Rock paulistano) o Mattilha começou sua apresentação com a música “Sem Hora Marcada”. Gabriel Martins (vocal), Victor Guilherme (guitarra), Andrews Einech (baixo) e Ian Bueno (bateria) fizeram um show curto (focado no disco “Ninguém é Santo”), mas mostraram um Hard Rock cantado em português de primeira qualidade. Destaque para as músicas “Filho da Pompéia” e “Noites no Bar”. Uma prova de que o Rock continua cada vez mais vivo com essa nova safra de bandas autorais brasileiras.



    Na sequência entra a banda Ronaldo & Os Impedidos. Com o novo EP “Onde Está o Rock ‘N Roll?” lançado a alguns meses, Ronaldo Giovaneli (vocais), Fares Junior (guitarra), Tico Rizzo (guitarra), Daniel Kid (baixo) e Nina Pará (bateria) seguiram a cartilha de uma genuína banda de Rock ‘N Roll: guitarras distorcidas com riffs e solos característicos, baixo e bateria marcando com intensidade. Começaram detonando com a música “Telefone Errado” (que faz parte do CD “Falso Passaporte” quando Ronaldo atuava com a banda Os Fora da Lei), em seguida mesclou músicas de sua carreira com covers de Raul Seixas, Creedence Clearwater Revival, Elvis Presley e Megadeth (a galera foi à loucura com versão tocada de Symphony of Destruction). Um momento inusitado do show foi quando uma pessoa tentou subir ao palco e foi contido pelas pessoas que estavam nas proximidades, Ronaldo ainda brincou com o cidadão dizendo que logo mais tomaria uma com ele. Com a música “Onde Está o Rock ‘N Roll?” a banda encerrou sua apresentação mostrando que não importa qual time de futebol a pessoa torce, mas todos estavam ali em prol de uma única conquista: diversão garantida.

    Antes do inicio da terceira atração, Fabrico Ravelli sobe ao palco e pede para que o público presente grite por dez segundos em homenagem a Robertinho; um momento emocionante do Rock na Praça.



    Ícone do Metal Nacional dos anos 80, a banda Salário Mínimo foi a terceira banda a subir no palco. China Lee (vocal), Daniel Beretta (guitarra), Junior Muzilli (guitarra), Diego Lessa (baixo) e Marcelo Campos (bateria) deram início ao ataque sonoro com a música “Delírio Estelar” (que faz parte da coletânea SP Metal I) onde a galera cantava junto em alto e bom som. Com 11 músicas em seu setlist, os destaques ficam por conta das músicas “Beijo Fatal” (que foi dedicada a Luiz Calanca da Baratos Afins), “Noite de Rock” (que teve a participação de Fabrício Ravelli na bateria) e “Cabeça Metal” (outra da coletânea SP Metal) que encerrou o show.



    Uma das bandas mais esperadas pelo público, a Busic Gang subiu ao palco para tocar músicas das bandas que os irmãos Andria e Ivan Busic passaram como Platina, Taffo e Dr. Sin e alguns clássicos do Rock. Contando com a virtuosidade do guitarrista Hard Alexandre, o power trio começou com “Perfect Strangers” do Deep Purple e a partir daí mostrou para os presente o que estava por vir. Destaque para as versões de “Closer to the Heart (Rush), “Rising Force (Yngwie Malmsteen) e “Highway to Hell (AC/DC); além das músicas “Fascínio” (que segundo Ivan não era executada por eles à pelo menos vinte anos), “Me Dê Sua Mão (uma homenagem à Wander Taffo) , “Emotional Catastrophe” e “Futebol, Mulher & Rock ‘N Roll” (ambas do Dr Sin).

    A surpresa do evento ficou por conta da entrega de uma placa a Luiz Calanca como agradecimento por todo seu trabalho em prol do rock nacional desde 1978.



    Completando trinta anos de carreira, chegou a vez do Golpe de Estado, a última banda da noite, mostrar o tradicional Hard Rock que consolidou a banda. Rogério Fernandes (vocal), Nelson Brito (baixo), Roby Pontes (bateria), Marcello Schevano (guitarra) e Mateus Schanoski (teclados) começaram com “Nem Policia, Nem Bandido” e passaram por todas as fases da banda, onde podemos destacar as músicas “Paixão” (onde foi prestada uma homenagem a Jota Erre ex-locutor da extinta 97 FM), “Moondog” (com o vocal de Wilson Caramello da banda Undergorund Tributo ao Golpe de Estado) e “Forçando a Barra” (com a participação nos vocais do fã mirim da banda Diego Brandão de 8 anos). Um fato inusitado ocorreu quando Rogério Fernandes fazia um discurso sério e Mateus Schanoski tocou de fundo a “Ballade Pour Adelime” de Richard Clayderman, arrancado risos da galera. A banda encerrou a apresentação com “Libertação Feminina”.



    Ao final da 3ª edição do Rock na Praça todos saíram satisfeitos com o resultado: ótimos shows, estrutura impecável e nenhuma briga registrada. Pelo visto, em breve teremos a quarta edição do evento, o que seria bem vindo para todos os amantes do bom e velho Rock ‘N Roll.

    O evento teve a cobertura da Rádio Web Stay Rock Brazil: www.stayrockbrazil.com.br

    2 comentários:

    Gigi Jardim disse...

    Que orgulho de pertencer ao mundo do rock'n'roll e serr sua amiga. Belo texto e ótimo registro.

    Mr Bad Guy disse...

    Gracias chefinha...