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    segunda-feira, 7 de outubro de 2013

    Resenha - Osasco Rock Fest


    Por Rogério Utrila para Rádio Web Stay Rock Brazil www.stayrockbrazil.com.br
    Fotos: Jéssica Menezes e Rogério Utrila

    Uma semana após o Rock in Rio, num domingo nublado do dia 29 de setembro, a Grande SP também apresenta o seu mega evento: o Osasco Rock Festival, realizado no Estádio Municipal Elzo Piteri, Vila Yolanda.

    Idealizado pela Prefeitura de Osasco e a Amplitude Produtora & Studio, o festival teve a participação das bandas Etnias, Euphúria, Suíteluxo, Stoneria, No Way, Infestatio, Troll, Velhas Virgens, Krisiun e Matanza. A aquisição dos ingressos era feito através de troca de alimentos não perecíveis, que foram doados ao Fundo Social de Solidariedade do Município.

    Foto: Jéssica Menezes

    Pouco depois das 10h os portões foram abertos e os fãs já começaram a escolher os melhores lugares para curtir os shows, alguns até ensaiavam uns “mosh pit” (que foi comum durante quase todas as apresentações). Às 11.30h sobre ao palco a primeira atração: Etnias.

    Foto: Jéssica Menezes

    A banda foi criada em 2003 com a proposta de trazer o peso do Rock e a atitude do Hip Hop em músicas de cunho social e de protesto. Encerrou as atividades em 2005, mas voltou em 2013, a pedido de amigos. Os integrantes do Etnias, Felipe Bentivegna (Guitarra), Erick 25 (Bateria), Djalma Neto (Baixo) e Roger 13" (Vocal), executaram composições próprias, entre elas “Enquanto o Mundo Explode”, “Sangue do Céu” e “Resumo do Inconsciente” (que teve a primeira manifestação de Mosh Pit a pedido do vocalista) e no final da apresentação a banda tocou um trecho de “Freedom” do Rage Against the Machine (o Roger tem um estilo Zack de La Rocha).

    Foto: Jéssica Menezes

    Na sequência entra a banda Euphúria, que conta com Cibelli Martinelli (Vocal), Vitor Toyonaga (Guitarra), Israel Antonini (Baixo) e Saul Oliveira (Bateria); com um repertório heterogêneo, que oscila pela tríade Rock/Pop/MPB. Começaram a apresentação com uma música de Alanis Morrissete (You Oughta Know); tocaram músicas próprias como “América do Sul”, “Pária” e “Heartbreaker”, um blues que teve durante a execução uma apresentação de Pole Dance com Maruska, onde deixaram a galera masculina alucinada.

    Foto: Jéssica Menezes

    A terceira banda a se apresentar foi o Suíteluxo, composta por Fernando Bam (Guitarra e voz), Fernando Feu (Guitarra e voz), Jr. Kilhas (baixo e voz), Ricardo Batera (Bateria e voz), onde as principais influências musicais estão presentes o clássico Rock ‘N Roll, o Ska, o Reggae, Jazz/Blues e a MPB. Apresentaram trabalhos autorais como “Sonhos” e algumas covers como “Até Quando Esperar” da Plebe Rude, que por sinal agitou a galera.

    Foto: Rogério Utrila

    Com JJ Zen (Vocal), Pedro Rocha (Guitarra), Gabriel Cardoso (Guitarra), Caius Caesar (Baixo) e Arthur George (Bateria), o Stoneria entra em cena com um estilo influenciado no Classic Rock (tanto que começam o show com “Iron Man” do Black Sabbath). Das músicas autorais “Antisocial” foi bem recebida pelo público, mas foi com as versões de “Ace of Spades” do Motörhead e “Blitzkrieg Bop” dos Ramones (que por sinal foi um pedido da galera) agitaram a adrenalina para realização de várias rodas punk.

    Foto: Rogério Utrila

    Em atividade desde 2006, a banda No Way (que está participando de uma enquete para se apresentar no Monsters of Rock) foi a quinta atração do evento, onde executaram composições de puro Heavy Metal, misturando componentes novos e antigos. Quem vê a vocalista Diana Arnos não imagina que ela é detentora de vocais rasgados e guturais, que foram conferidos nas músicas “March Through The Fire”, “Praying With Bullets”, “ Leading Way to Suicide” e “Refuse/Resist” do Sepultura. Os outros integrantes são Rodrigo Alves (Guitarra), Felipe Ribeiro (Baixo) e Daniel Bianchi (Bateria).

    Vale ressaltar que as bandas Euphúria, Suíteluxo, Stoneria e No Way foram selecionadas para o Osasco Rock Fest através de um concurso onde participaram mais de 110 bandas.

    Foto: Rogério Utrila

    O Infestatio, banda de Thrash Metal de Jundiaí veio ao Festival para divulgar músicas do recém lançado EP F.Y.A. Rafael "Rafão" Neves (Guitarras, Vocais), Reginaldo "Regi" Iobbi (Guitarras), Diego "Negão" Necromancer (Baixo) e André "Fanta" (Bateria) mostraram um som poderoso e como eles dizem “para arrebentar pescoços”, principalmente nas versões de “Evil Dead” da banda Death e “Slave New World” do Sepultura.

    Foto: Rogério Utrila

    Com 15 anos de estrada, a banda mineira Troll, formada por Cblau (Bateria e Voz) e Junior Bertoldi (Guitarra e Voz) entra em cena. A proposta do grupo é fazer um Rock ’N Roll próprio com uma linguagem musical diferenciada do Rock Nacional. Destaque para a versão pesada da música “Linda Juventude” do 14 Bis. Num determinado momento, Junior perguntou para a galera se eles queriam ouvir Linkin Park, que foi respondida com uma sonora vaia. Então resolveu tocar uma versão com um “convidado especial”: “Another One Bites The Dust” do Queen com Freddie Mercury “cantando” (enquanto a banda executava a música com arranjo próprio era exibido o clipe no telão com destaque ao vocal).

    Antes da entrada das principais atrações, o prefeito de Osasco Jorge Lapas subiu ao palco para deixar seu recado: que estava ali não para fazer discurso político, mas para curtir Rock como todos os presentes. Na sequência houve uma queima de fogos de artifício e o próprio prefeito anunciou que a próxima atração seria o Velhas Virgens.

    Foto: Jéssica Menezes

    Com letras irreverentes (geralmente com assuntos sexuais e alcoólicos) o Velhas Virgens começa o show com “Sapato 36” de Raul Seixas. Dentre as músicas que agitaram a galera estão “Madrugada e Meia de Amor”, “Abre Essas Pernas”, “Eu Bebo Sim”; além dos discursos de Paulão de Carvalho, regados com muita sacanagem e ironia. Juliana Kosso também causou furor quando entrou travestida de Angus Young e depois usando um vestido de noiva, fora as simulações de masturbação que deixou o público masculino em êxtase. No bis a banda presta uma homenagem ao Made in Brazil tocando “Minha Vida é Rock ‘N Roll”, onde o Paulão assumiu o baixo.

    Foto: Rogério Utrila

    Uma semana depois de sua apresentação no Rock in Rio ao lado do Destruction, o Krisiun sobe ao palco para mostrar ao público porque é considerado um dos grandes nomes do Death Metal nacional. “Kings of Killing”, “Combustion Inferno” e “Vicious Wrath” foram algumas das músicas que fizeram a galera “se divertir” executando “Mosh Pit”. Alex Camargo ainda mencionou que mesmo a banda sendo do Sul se sentiam “cidadãos de Osasco”, pois estavam residindo em Jaguaré (bairro próximo à cidade). No setlist foi incluída as covers de “No Class” (Motörhead) e “Black Metal” (Venom); essa com a participação especial do guitarrista do Korzus Antônio Araújo.

    Foto: Jéssica Menezes

    Para fechar o festival, sobe no palco a banda mais esperada pela maioria dos presentes: Matanza. E a chuva resolveu vir junto, mas isso não tirou o ânimo da galera que agitou e cantou a todo instante. “Rio de Whisky”, “Clube dos Canalhas”, “Ela Roubou Meu Caminhão”, “Bom é Quando Faz Mal” e “Mulher Diabo” (com direito a garotas tirando as camisetas e “mostrando seus dotes” no meio do público) foram algumas músicas que fizeram parte do setlist.

    Foto: Rogério Utrila

    No final todos saíram satisfeitos com o resultado: ótimos shows e estrutura e nenhuma briga registrada. Pelo visto, ano que vem teremos uma nova edição do Osasco Rock Fest, o que seria bem vindo para todos os amantes do bom e velho Rock ‘N Roll.