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    segunda-feira, 4 de julho de 2011

    Live

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    O Live foi, durante um bom tempo, comparado com o U2 graças ao estilo de suas composições patrióticas e idealistas, com um quê de espiritual. Nascido no final dos anos 80, mais precisamente em 1988 na cidade de York na Pennsylvania, cidade natal de Chad Taylor (guitarra) Patrick Dahlheirmer (baixo) e Chad Gracey (bateria). Com o nome de First Aid, o trio se apresentava na cidade. Depois de perderem um concurso de talentos resolvem procurar um vocalista e encontra Ed Kowalczyk e o grupo passa a se chamar Public Affection.

    Com o novo nome lançam em 1989 o cassete The Death of a Dictionay pelo selo Action Front Label, da própria banda. O trabalho é muito mal recebido pela crítica, mas a fita já trazia elementos do que seria visto em Mental Jewelry, primeiro álbum do Live. Com o cassete embaixo do braço, o Public Affection foi atrás de um selo maior, conseguiram assinar com a Giant Records e lançaram uma demo sem muito sucesso. Mudam novamente o nome, agora definitivamente, para Live - nome tirado de um chapéu -, assinam com a Radioactive e chamam Jerry Harrison, do Talking Heads, para produzir o primeiro disco da ´nova´ banda.

    Mental Jewelry trás um punhado de canções baseadas nos escritos do filósofo indiano Jiddy Krishnamurti e elevou o Live como uma das surpresas do começo dos anos 90 graças ao sucesso de duas canções: Operation Spirit (The Tyranny of Tradition) e Pain Lies on the Riverside, seus maiores sucessos até hoje. O álbum é totalmente escrito por Kowalczykz, baseando-se no hinduismo. Uma leve lição de moral vinda de um bando de moleques com pouco mais de 20 anos. Em 1992, por incrível que pareça, o Live se apresenta no Brasil tocando no extinto Aeroanta em São Paulo, além de aparecer em vários programas de TV como o Programa Livre e Gaz Total, da MTV.

    Três anos depois, o Live volta com Throwing Copper, considerado o melhor trabalho da banda. Throwing Copper ficou várias semanas entre os discos mais vendidos dos Estados Unidos, elevando o Live ao patamar de grande grupo de rock, principalmente pelas canções Selling the Drama, I Alone e Lightning Crashes, seu maior hit - escrito em memória de Barbara Lewis, uma colega de classe do pessoal da banda, morta por um motorista bêbado. O novo álbum vem com pequenas mudanças em relação à estréia, com mais ´raiva´ e dramaticidade em suas letras e arranjos e com um pouco menos da filosofia oriental, que havia norteado Mental Jewelry. O resultado foi um disco mais coeso e mais bem produzido levando a banda a faturar diversos prêmios e a gravar um MTV Acústico. Retornam ao Brasil em 1994, tocando ao lado do Sepultura no Hollywood Rock daquele ano.

    Outros três anos passam e o grupo manda para as lojas Secret Samandhi. O álbum falha em manter o sucesso de seu sucessor e recebe quilos de críticas negativas. A imprensa alegou, na época, que a mudança de produtor, com Jay Healey no lugar de Jerry Harrison, atrapalhou o grupo. Na verdade Secret Samandhi se perdeu ao abusar da temática hindu, tanto nas letras quanto nos arranjos. O disco parece ter saído das sobras de estúdio de Jimmy Page e Kowalczyk canta cada vez mais parecido com Bono, do U2 e a banda some das rádios.

    Chega o ano de 1999 e o grupo ressurge, para surpresa de muitos críticos que achavam que o Live havia acabado logo depois de Secret Samandhi. Neste ano lançam The Distance to Here que também recebe pesadas críticas. Apesar de terem chamado Jerry Harrison para produzi-lo, The Distance... não consegue capturar a essência dos dois primeiros discos do grupo, mantendo o clima de Secret Samandhi e abusando de climas sombrios. Alguns bons momentos aparecem em Feel the Quiet River Rage, Meltdows e Sun, mas o álbum é irregular, The Dolphin´s Cry é a canção mais conhecida do trabalho.

    Tal regularidade só reaparece em 2001 com o lançamento de V. Apesar de ser bem recebido pela crítica, V não consegue vender tão bem. Talvez a mudança sonora, deixando o álbum com uma leve cara de anos 70, com uma mistura de de Earth, Wind and Fire, hip-hop e Beatles tenha afastado os fãs já acostumados com o indie rock característico da banda. Tocam novamente no Brasil, com shows em São Paulo e Belo Horizonte.

    Dois anos depois Birds of Pray é lançado e marca a volta do Live às paradas americanas. Birds... entra no Top 30 da Billboard. Mesmo não se tornando um grande sucesso, como aconteceu com Throwing Copper, Birds... é uma boa amostra de que uma banda consegue se reinventar e voltar ao topo. Influênciados pelo 11 de setembro e também pelo nascimento da primeira filha de Kowalczyk, o Live faz seu álbum mais maduro, deixando e lado as comparações com o U2 e até mesmo a forte influência hindu. Este ´novo´ Live se apresenta no Brasil em 2003, com um único show no Via Funchal, em São Paulo.

    Em 2006 é lançado de Songs From a Black Mountain, sétimo trabalho da banda.


    1991 - Mental Jewelry: Download

    1994 - Throwing Copper:
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    1997 - Secret Samadhi:
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    1999 - The Distance to Here:
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    2001 - V:
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    2003 - Birds of Pray:
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    2006 - Songs from Black Mountain:
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